Finalmente, a cultura ocidental começou a compreender a vida como uma grande rede, onde tudo e todos estão interligados e são interdependentes. Assim, o que eu faço para mim, faço para o todo.
Essa é a premissa básica da visão sistêmica.
Inclusive, é o pilar central do desenvolvimento sustentável da vida no planeta.
Com essa perspectiva, abriu-se espaço para conceitos como a filosofia Huna da cultura milenar havaiana, cuidada e cultivada pelos Kahunas, sacerdotes nativos havaianos.
Uma das práticas da filosofia Huna é o Ho’oponopono.
O Ho’oponopono foi gentilmente compartilhado com o mundo por meio de uma linguagem adaptada, simples de ser compreendida, sentida e vivenciada.
Para compreender para que serve o Ho’oponopono, primeiro precisamos levar em conta que vivemos presos à ilusão de que nossa mente consciente é quem decide e controla tudo o que nos acontece, quando, na verdade, somos o tempo todo influenciados por memórias do passado.
Detalhe: um passado muito além da nossa breve existência.
Essa memória abarca nossos antepassados e muito mais informações do que podemos imaginar. Por meio do nosso subconsciente, recebemos essas informações e temos a tendência a repetir as histórias que, de uma maneira ou de outra, fizeram nossos antepassados sofrerem. Assim, agora cá estamos nós, sofrendo como eles. Repetindo padrões.
Repetição de padrões leva a limitações e sofrimento.
Para que nosso subconsciente possa se ocupar de coisas criativas, harmoniosas e inspiradoras, precisamos antes deixá-lo vazio das memórias repetitivas. É aí que entra o Ho’oponopono com o trabalho de faxina. E essa faxina nós vamos chamar de transmutação daquilo que não serve mais.
Vamos, com o Ho’oponopono, olhar para atitudes, pensamentos e situações que talvez estejamos vivendo e repetindo dos nossos antepassados (mas que não nos servem mais) e vamos transmutá-los, ressignificá-los, alterá-los.
Por quê?
Lembrando novamente: para que nossa vida flua e nossos pensamentos e ações possam se ocupar com coisas criativas, harmoniosas e inspiradoras, precisamos antes limpar nosso subconsciente das memórias repetitivas que não nos servem mais.
A maneira prática de aplicar o Ho’oponopono é repetir algumas frases, como uma oração, mas com o sentimento verdadeiro de:
reconhecimento de que algo no passado não deu certo e que causou dor;
que isso já passou e, portanto, pode ser agora olhado com amor, ser perdoado e então transmutado, liberando as respectivas memórias e gerando espaço saudável no subconsciente.
Assim, podemos dizer que o Ho’oponopono é uma prática meditativa de perdão e agradecimento a si mesmo e a tudo como foi e como aconteceu.
O Ho’oponopono pode ser utilizado em conjunto com outras técnicas – como a Constelação Familiar que, muito semelhante à linda filosofia Kahuna, também traz a sabedoria de que vivemos no presente sendo influenciados pelo passado.
Então, durante o meu trabalho de Constelação, muitas vezes eu convido as pessoas presentes a entoarem as frases do Ho’oponopono. E o resultado é instantâneo!
Como a Constelação Familiar nos traz uma imagem tridimensional e em movimento do que está se passando no background invisível da nossa vida por meio dos representantes, podemos ver o resultado dessas frases milagrosas!
O Ho’oponopono atua como uma injeção de amor no âmago da ferida e o resultado é um movimento muito profundo de reconciliação e liberação – com um impulso potente em direção à vida.
A oração do Ho’oponopono:
Divino Criador, pai, mãe, filho em Um…
Se eu, minha família, meus parentes e ancestrais lhe ofendemos, à sua família, parentes e ancestrais em pensamentos, palavras, atos e ações do início da nossa criação até o presente, nós pedimos seu perdão.
Deixe isto limpar, purificar, libertar, cortar todas as recordações, bloqueios, energias e vibrações negativas e transmute estas energias indesejáveis em pura luz.
Assim está feito.
O mantra do Ho’oponopono:
O mantra do Ho’oponopono é a repetição de quatro frases que ajudam a livrar o subconsciente das memórias repetitivas:
Sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grato.